sábado, 30 de setembro de 2017

O que é arte?

Recentemente mais um caso de "preconceito a arte" ocorreu. Dessa vez no MAM. Em uma apresentação em São Paulo, um determinado artista ficou nu. Ele seria manipulado pelas pessoas. Seria uma comparação a uma peça de outra exposição, em que as pessoas podem manipular e mexer do modo que quiserem. Já estão vendo o problema não é? Quando uma criança interagiu com a "peça humana"... Isso causou um ENORME climão se é que me entende. Isso sem contar com as frases da mídia chamando tudo aquilo como "pornografia visual".
Tenho vários argumentos contra isso mas vamos primeiro com a comparação. Tempos atrás, uma amiga me pediu um desenho. Era uma foto de sua filha. Estava muito ruim a imagem. Eu tive que usar lupa para o desenho (sério, eu comprei uma lupa para desenhar a criança) e fiz o desenho HB e 6B. E só isso. Terminado ele, depois de quase três meses, e alguns dias, eu mandei a imagem escaneada. Já falando que o desenho estava ruim mesmo, pelo menos na minha visão. Quando a moça viu, não gostou. Mas ela disse algo que, para mim, foi horrível. Ela disse que meu desenho era uma caricatura! Esse desenho que estou postando era uma caricatura. Para você esse desenho é uma CARICATURA? Creio eu que não... Mas piora. Ela disse que parecia sim uma caricatura, já que ela era irmã de uma pessoa formada em artes... Pelo jeito conhecimento de artes plásticas se passa geneticamente em uma cadeia invisível não é? Eu não me importaria te falarem "ah Luis, seu desenho esta ruim", mas não que o que eu fiz estava indo em uma direção contrária do que eu fiz. Pois eu recebi críticas negativas sim, e tentei melhorar meu traço. Então, mostrei meu desenho as pessoas que entendem disso, incluindo um professor de artes, e todos me falaram a mesma coisa. Posso não ter ido bem ao sombrear o trabalho, mas aquilo não era uma caricatura nem aqui, nem em Marte! O que quero mostrar nessa parte? Pois muitas pessoas pensam que entendem de arte. Ou simplesmente, não refletem sobre o que esta acontecendo!
Agora, vejam esse exemplo: recentemente fiz mais um desenho para uma amiga de graça. Era dela grávida de uma maneira bela. Usei como referência uma foto dela. Tive todo um trabalho que me consumiu dois meses. E depois de tudo eu terminei. Fiquei contente. Parecia ela. Ela também achou. Eu não estava ligando para receber algo nesse caso, pois queria presentear uma pessoa que já sofreu muito. Mas se a felicidade dela seria alcançada! E eu consegui! E isso foi awesome! Pois ela respeitou meu trabalho.
Sendo que já fiz desenhos em que a pessoa me pediu para mudar várias vezes o mesmo desenho. Aqui postarei a imagem da Ana Cristina Ribeiro. Que me pediu para arrumar umas sete vezes no mínimo o trabalho.
Mas vamos mais a fundo nesse assunto. Desde que o homem é homem, ou melhor, um pouco depois disso, nós temos neuras com nossos corpos. Temos certos problemas de expressar nossa inconformidade com certas coisas. Especialmente com nossa sexualidade. Prova? Quantas pessoas tem a coragem de falar que broxaram? Quantas mulheres não se acham bonitas pois a mídia valoriza só as magricelas? Só ver que em muitos lugares como música, filmes e séries, eles valorizam mais a estética do que o talento das pessoas.
Literalmente, nós impedimos que outros tratem sobre sexo de forma verdadeira e franca, mas excitamos eles de outra forma. Complicado.
Vejam só, eu não sou formado em artes. Mas amo trabalhos de Van Gogh, Pablo Picasso e Salvador Dali. Pois me fazem pensar, e tratando sobre Picasso vamos falar de La Guernica. O pintor havia sido escolhido pelo governo espanhol para representar a Espanha na Exposição Internacional de Artes e Técnicas, que aconteceria em Paris. Quando o artista recebe a notícia do massacre ocorrido da cidade basca de Guernica, ele faz do desastre o tema de sua tela. O bombardeio aéreo à cidade foi feito por caças alemães em apoio ao general Francisco Franco. Atualmente está no Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, em Madrid na Espanha.
É isso que um artista faz. Ele se expressa. Não estou falando de pessoas colocando o dedo no cu um do outro. Mas sim de uma coisa que mostra como as pessoas tratam as pessoas como objeto, ou outra coisa. Vejam só! Nem fui no museu e já imaginei do que se trata ele! Eu pensei e refleti sobre isso!
Sobre nudez... Vejam só! Eu fiz desenhos de homens e mulheres quase nus ou completamente. Pois queria expressar algo com eles. Ou só fui desafiado a fazer isso. Eu não fiz uma grávida quase nua por nenhuma intenção pesada. Eu só queria desenhar caramba!
E só um detalhe: nessa exposição no MAM, foi falado o que teria e um responsável (seja pai ou mãe, ou qualquer outro) levou a criança! Não foi o artista o culpado. Nem o museu. É como deixar uma criança livre para mexer na internet e reclamar dela procurar por coisas ilícitas. Lembrando que na cidade de Santa Isabel já tivemos artistas que usaram do "nu".

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Como criar personagens de RPG: jogadores de Dungeons & Dragons

Talvez um dos maiores problemas para jogadores iniciantes e veteranos seja montar sua ficha. A planilha de personagem para muitos é um dos maiores problemas para todos. Muitos não sabem onde devem preencher, mas o maior problema é o que vai fazer mesmo. Como será seu personagem. No que ele será útil.
Isso sem contar quando o mestre pede que lhe entreguem uma história. Ai existem dois tipos: os que entregavam o trabalho de escola de qualquer jeito, com uma página do seu caderno rapidamente, com umas cinco linhas escritas de uma coisa bem... Porca. E os que lhe entregam algo mais complexo que o TCC de astrofísica para uma faculdade americana. Sério. Já vi gente que digitou três folhas (FRENTE E VERSO) com suas histórias. Tem gente menos dedicada na USP.

O maior problema é que o narrador/mestre, normalmente só ajuda a fazer partes técnicas do personagem. Ou seja, a distribuição dos pontos. Sejam aleatórios ou não. Mas aqui veremos em duas etapas, divididos em semi-etapas. Mas vamos lá!
Lembrando: não necessita seguir essa ordem. Pode ser a ficha e depois o background. E outra, não vou lhe ensinar como distribuir seus pontos 

Background:
*Você será um herói ou vilão? - Mesmo que os sistemas sejam antigos, existia a chance de escolher seu lado (meio ideal maniqueísta mesmo, preto e branco, bem e mal), mas ainda existia problemas em escolher sua personalidade. 
Contudo, nas versões mais atuais, mesmo antes de escolher sua tendência, você pode falar se será um herói. Ou quem sabe um vilão. Mas como assim, você se questiona. E a melhor maneira de mostrar isso é usar como referência é Anakin Skywalker de Star Wars
Ele começa como um CB (Caótico e Bom, Rebelde), mas depois de vários conflitos se tornaria um sith. Mesmo sendo maligno, ele é um personagem mais controlado LM (Leal e Mau, Dominador), ainda assim  tem seus momentos de raiva (quando ele vai para um CM, ou seja, Caótico e Mau, Destruidor). E no final, devido a seu filho, cumpre seu papel no mundo, trazendo equilíbrio a Força se tornando um tanto quanto LB (Leal e Bom, Cruzado). 
*Qual seu papel no mundo? - Não que seu personagem não seja importante, afinal, ele será UM dos protagonistas da história. Só que ele não precisa ser um herdeiro de um reino, filho de um deus ou o primeiro humano do universo. Pode ser um cara que pegou suas coisas e falou que iria se aventurar.
Tramas e subtramas podem ser colocadas, mas isso não necessita ser feito por você. Sem precisar colocar tantos cliffhangers (ganchos) que parece uma série de dez temporadas.
*O que quer no mundo? O que lhe motiva - Como dito antes, não precisa ter um passado cheio de sombras e perigos, só que quando um personagem surge é comum que os jogadores escrevam que tem um inimigo. Isso é o seu objetivo? Derrotar o inimigo? Não precisa ser só isso, pois se tiver como fazer, suas intenções podem ser tantas quanto o menu de um restaurante: vingança (V de Vingança), viver em paz (Rambo), morrer em paz (o filme Logan), sobreviver (The Walking Dead e The Last of Us) salvar uma pessoa que ama (Os Aventureiros no Bairro Proibido), ressuscitar alguém (The Shadow of Colossus), entre tantos outros.
Mas vejam isso aqui:
"Taylor Halford hoje um homem conhecido por atuar no teatro, tem um lado obscuro.
Quando criança era de família humilde e como não tinham como sustentar a familia, Taylor aprendeu à aplicar pequenos golpes em outras pessoas para poder ajudar na família, com isso Taylor foi melhorando a arte de manipular as pessoas para o benefício próprio.
Tendo como missão acumular grandes riquezas aprendeu a usar ferramentas pra destrancar portas e trancas em geral, sua arte sutil em desativar armadilhas o fez ficar reconhecido como o poucas trancas no qual ninguém conhece seu rosto, nos últimos anos Taylor saiu em busca de novos desafios e acabou parando em uma equipe de teatro em Tristania."
Esse é um exemplo de história em que eu não preciso ser um grande ser cósmico para ter uma boa história no meu background.
*Como é o mundo? - Existe uma grande diferença entre estar no universo de Forgotten Realms, do que estar no universo de Dark Sun, Ravenloft e Eberron. Cada um tem sua particularidade. Mas sabendo um pouco como ele funciona, você vai poder encaixar seu personagem de modo plausível. Não adianta nada, por exemplo, querer jogar em Ravenloft, sendo que criou uma história para seu meio-dragão. Pois não existem esses seres naquele mundo, naquele semi-plano. Nem dragões.
Cada universo tem suas personalidades. Uma comparação bem parecida com a realidade esta nos cantores de j-pop e j-rock. No Brasil temos muitos fãs disso, mas nada se compara ao país do Sol Nascente. Isso funciona como um universo próprio.
*Você é livre para criar! - Vejam esse exemplo: em uma campanha relativa ao mar e pirataria, eu quis jogar com um paladino. Desde que me lembro por gente sempre gostei dessa classe, antes mesmo de termos o D&D Terceira Edição. Mais pelo seu conceito do que por qualquer coisa. Tempos depois o pessoal me zoava por estar jogando com um paladino entre um bando de piratas. Coisas como: "E ele disse que queria jogar com um paladino em uma campanha de piratas! kkkkkkkkk".
Certo... Não! Errado! Bem errado!
No Dungeons & Dragons tivemos uma revolução, pois um personagem ou raça, não tão associado a uma classe pode pegar ela. Um anão pode ser um mago, um meio-orc pode ser um paladino e até mesmo uma elfa pode ser uma bárbara! Não é o jogador que deve se adequar a campanha, mas a campanha ao personagem. Prova disso que muitas vezes joguei com personagens maus em um grupo de caras bons. E ninguém chegou a me zoar por isso.
Ficha:
*Seus números não são seu personagem! - Tirou dados ruins na rolagem? Ou acha que a pontuação que te deram não é suficiente? Manda tudo para o Inferno! Um personagem não baseado em números. Eles só estruturam o quanto você é bom em certa área ou não. Não que você será um fracasso completo. Por exemplo, me lembro de certa vez, ao chegar na casa de um amigo e um rapaz ter me cumprimentado. Não o reconheci. Ele então se revelou um colega de escola que quando estudávamos era gordinho. Ele ficou bem magro, só com exercícios. A pessoa pode ser de um modo quando começa sua vida, mas isso não significa que sempre será assim! O mesmo ocorre com a ficha, então não pire com números. 
Se quiser um exemplo mais nerd, pode imaginar como um pokémon que aprendeu um movimento de outro tipo. Até o Pikachu consegue soltar surf se você quiser!
*Tente ler o Livro do Jogador, mas não se fixe nele! - É óbvio que devemos seguir alguns padrões do sistema: um mago deve aumentar sua inteligência, um bardo seu carisma e um clérigo sua sabedoria. Entretanto, isso é extremamente exigido das outras classes? Por exemplo, eu não preciso de um guerreiro forte sempre. Ele pode ser bom em aguentar golpes (aumentando constituição) ou ser um arqueiro (aumentando destreza), quem sabe ainda ser um grande detetive (aumentando inteligência). Tudo é possível. Não existe regra que te impeça de gastar pontos de forma diferente. Ao menos que gaste seus três últimos pontos em habilidades em qualquer coisa que personalize ele.
Aliás, por que não vai contra corrente: colocar pontos em partes que NINGUÉM colocaria. Tipo, força demais em uma ficha para um mago. RPG é contar história, não evoluir um personagem em um MMO qualquer.
*Personalize seu personagem! - Gastando pontos (assim como talentos), você pode personalizar seu personagem. Um personagem, mesmo casca grossa, pode gastar pontos extras como Adestrar animais. Pois pode ter sido um camponês que trabalhava com isso para um cavaleiro. Ou um antigo fazendeiro que perdeu tudo que tinha. Ou ele aprendeu determinado talento, pois foi ensinado por seu mestre ou pai. Ser um cara treinado para determinada função não significa que ele sempre trabalhou com isso.
*Lembre do que seu personagem precisa! - Eu falei muitas coisas, mas talvez o que escreva agora pareça contraditório: tente seguir o que ele precisa para sobreviver. Um mago deve pegar magias que possa utilizar em campanha. Um clérigo pode decorar magias, mas sempre envolvendo uma ou outra de cura (quase sempre). Você vai ser um aventureiro! Mesmo que não queira terá que ser versátil. Algumas vezes isso estará envolvido com aquilo que surgiu como uma bomba, então não decore só magias de dano, mas de defesa e auxílio!
Isso não lhe impede te deixar seu personagem da forma que quer. Só que antes pense se isso não vai deixar seu personagem prejudicado.
*A tendência é importante! - Você começa como um cara BOM ou MAU. Beleza. Só que seu personagem não se parece nada com isso. Acho que você esta fazendo algo errado. 
Seja sincero com você. Sabe interpretar caras maus, o faça ser tão cruel quanto M. Bison ou Joffrey Baratheon. Sabe fazer pessoas boas, seja como Percy Jackson ou Aragorn! Ai de repente, você é um cara mau, mas se apaixona por um gatinho na rua. Não que não possa gostar de nada pois é mal (não estamos criando aqui um vilão de novela da Record), mas ao menos crie princípios. Um ser "do mal" teria como animal de estimação algo onipotente. Ou algo que ele perturbou e deturbou de modo irreversível. Mesmo quando ele é pai, ele mostra que sua ideia de carinho é perigosa (vide Thanos da Marvel).
Além disso, muitas vezes mestres descontam experiência devido sua interpretação errada de uma tendência.

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Minha opinião sobre liminar sobre psicólogos e homossexuais

Depois de muito pensar, aqui vai meu monologo sobre as últimas decisões da justiça sobre o homossexualismo. Muita gente com raiva dessa lei, ai aparecem os intolerantes com dois pés no peito. E fica um campo de guerra nos perfis de rede sociais.
Mas isso sempre acontece.
Ai pesquisei um pouco a fundo essa história e ela funciona assim: um juiz, que ao meu ver não deve ter mais nenhuma outra formação (mas posso estar errado), fez uma liminar. Nela, uma pessoa que esteja desconfortável com sua condição como homossexual pode ir a um psicólogo. Ou seja, não é nenhuma cura gay... Contudo...
Por que o contrário não existe? Por que só gays devem estar indo a um psicólogo? Tecnicamente falando, quando se vai a um médico desses você estaria doente! Não fisicamente. Mas sim psicologicamente. Ou ao menos, com algum problema na área mental. Então, se formos pensar assim, o juiz esta sendo preconceituoso. Pois a ideia dele não fala "se um heterossexual tiver problemas com sua orientação sexual"... Não! Ela só fala sobre os homossexuais!
E isso abrange muitas coisas. Por exemplo, eu posso usar o mesmo conceito para religiões ou uma pessoa que queira comer um doce... E por ai vai!