segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Uma história para Vampiro (Omar El Soumaili/Adir Green)



"Seu nome verdadeiro é Omar El Soumaili, um antigo comerciante afeganistão que seguia as antigas tradições do islã a risca. Porém, nunca foi combativo, nem contra os estrangeiros em suas terras. Tanto que viajou até a Inglaterra em 1880 por questões de negócios. Por isso foi extremamente bem sucedido como comerciante de armas brancas como itens raros. Sua família era de antigos protetores das tradições muçulmanas, e conseguiu uma verdadeira fortuna em armas antigas: desde a idade antiga a média. O que ele não sabia era que sua família na verdade servia como rebanho e ponto de recrutamento para futuros membros dos assamitas. E suas atitudes poderiam comprometer sua vida. Ou o que viria ser sua pós-vida. Isso foi o ponto decisivo para que Bushra o abraçasse, o transformando em um cainita, antes do que queriam seus mestres. Ele viveu bem até compreender seus dons. Em 1888 o assassino Jack o estripador surgiu. O que causou problemas aos neófitos da época. E o assamita foi um deles. Sem ter apoio da Camarilla, sua mestra ter partido recentemente para o Oriente em missão pelo clã, Omar foi confundido como um assassino a sangue frio acima de qualquer superstição da época. Caçado pelos humanos, esquecido pelos vampiros, com exceção dos assamitas, que estavam ausentes em Londres... Ele foi dado como morto quando na verdade estava em torpor. Entre os de seu clã, é considerado um herói.
Ao ser despertado, quando um bombeiro encontrou seus restos no esgoto próximo ao rio Tâmisa, ele se alimentou e decidiu partir o mais longe possível dali. Soube sobre um novo mundo. E também soube que sua mentora foi morta por um mortal. E a linhagem do assassino está nos Estados Unidos. Se ele matar só um deles... Dos malditos, ele se sentirá bem.

Assumiu um outro nome, mas acima de tudo tenta viver bem e se adaptar ao modo de vida americano protegendo os preceitos dos assamitas. Apesar de não gostar do modo terrorista que o clã resolve problemas. Prefere encarar os problemas mesmo que seja através das armas de fogo. Ainda mantêm parte de sua fortuna, mas bem pouco, comparado com o que tinha quando foi abraçado séculos atrás."

Essa é uma nova ideia que tive para aproveitar o hiato de Contos. Criar backgrounds para Vampiros, de RPG. Espero que gostem.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Capítulo 1 – Aqui introduzimos o maior babaca do mundo largado por três garotas


Era uma vez, um babaca. Seu nome era Elric. Ele era um cara bem comum e sem sal nenhum. Ao menos era o que achava o próprio. Talvez por ser estranho, talvez por não se enturmar, ou simplesmente, pois as pessoas acham que ele é esquisito. De qualquer forma não era muito popular. Nem queria.
O bom é não ser reconhecido segundo ele. Andar pela rua sem ter pessoas apontando o dedo. Querendo ridicularizar você por ser magro, gordo, cabeçudo, mente pequena, bobo ou CDF. Ter vinte e cinco anos era bom por isso. Finalmente estava livre desses problemas. Idade mágica.
Na verdade, depois dos dezoito se sentia... Bem. Ninguém o incomodava. Nada o aborrecia. Nem sequer falava mais com ele. Sem conversas boas com amigos. Aparentemente nem tudo estava perfeito não é mesmo?
Ele voltava a se lembrar quando era garoto algumas vezes, quase que todo o momento em que respirava. Talvez aquilo fosse um pouco chato, mas ainda assim era bom. O garoto Elric iremos chamar de Elric Herói. E o mais velho será Elric Babaca. E por qual motivo eu explico isso? Logo, logo saberá. Só saiba que isso é só uma parte importante dessa leitura que está em suas mãos.
Pior ainda é quando se sabe que o Elric Babaca era um cobrador de pedágio, algo ironizado até pelos companheiros de serviço. Todos os dias recebendo dinheiro dos motoristas apressados das cidades distantes. Vendo eles passarem zunindo com os rápidos carros, motos, caminhões, caminhonetes, e toda a sorte de veículos criados pelo homem. Esses eram os dias agitados. Tempos assim que ele se forçava a gostar. Na verdade, ele sentia inveja dos motoristas: indo e voltando de onde quisessem, seguindo para qualquer fronteira. Não pela condição financeira, mas pela vontade. Seria o paraíso para Elric Babaca.
Só que ele nunca fez.
Sempre repetia a mesma velha rotina de atender motoristas de carros, motos, caminhões, caminhonetes, e toda a sorte de veículos (sim era bem repetitivo mesmo!). Mas com a mesma cara cheia de desânimo de costume dele. Parecia quase um vampiro, ou melhor, tinha um rosto de zumbi podre. Desses que estão em moda ultimamente. Ao invés de comer carne, devorava Ruffles, Doritos, pedaços de pizza de ontem, cachorros quentes e toda sorte de besteira. Sorte não engordar com tanta porcaria. Alguns falavam que tinha um estômago comparado ao de um avestruz imenso. Outros que não tinha fim. Eu falaria que possuía um buraco negro ao invés da barriga.
Mas nem isso era mais.
Sem contar as ex namoradas. Ah sim, as garotas. Cada uma diferente da outra. Sem nada em comum. A cada ano.
Uma tinha cabelos pretos, lisos como os de uma índia. Pele morena, quase cobre. Olhos escuros como jabuticabas. Tocava violino, assim como ele tentava tocar bateria. Era lindo. Pois gostava de quadrinhos, mitos, besteiras para comer, filmes e toda sorte de coisa que dificilmente uma garota como ela gosta. Ele não a amava só por isso, mas toda vez que ela fazia carinho nele parecia quando um animal era afagado de uma forma maravilhosa, depois de uma farta refeição. Os dois pareciam idênticos até nisso.
Só que a vida é uma caixinha de surpresas. E certo dia ela disse que iria embora. No ponto de ônibus estava ele, todo triste. Não entendia o motivo dela partir. Mas se calou. Antes de subir no ônibus, ela o beijou três vezes e disse:
-Eu te amo.
Frase maldita, frase bendita. Quanto uma pessoa fala isso, parece que o mundo para. Pelo menos para uma das pessoas. Pois se espera uma resposta quando é a primeira vez que alguém diz isso a outro. Pode ser um sim ou não, pode ser gelo ou uma bota de tamanho 51, mas se espera uma resposta.
Voltemos a história do Elric Babaca, e como foi abandonado três vezes.
Já a segunda não era nada parecida com a primeira. Ainda tinha o jeito meigo que ele tanto gostava. Era bem mais baixa que ele e por isso a adorava. Tinha como a carregar e isso a deixava brava. Pele bem clara, olhos castanhos. Os cabelos também tinham luzes douradas por cima dos fios acobreados. E quantas vezes no meio da rua a erguia como uma menininha. Isso a deixava parcialmente irritada, mas no fundo gostava daquilo. Mulheres... Vai se entender. Não eram parecidos em gênios, só que o rock era uma paixão em ambos. Ele curtia nu-metal, grunge e metal melódico, ela já gostava de heavy metal, hard rock e rock industrial. Gostavam de rock clássico e nisso concordavam muito. As danças ao som de Elvis eram ótimas.
Foi difícil quando decidiu terminar com Elric. Mas possuía motivo para isso. Ela viajava muito e o Babaca ficava enciumado, pensando que poderia encontrar alguém melhor quando se está junto de alguém que se ama, você deve confiar nela, do mesmo modo de quando se está longe. E ele não acreditava.
Elric Babaca recebeu uma ligação. Era ela, pedindo uma “conversa”. E quando se pede uma “conversa”, todos sabemos que sempre um dos dois vai chorar muito. Se eles se amam, pelo menos um vai fazer isso. Pois quando não se ama, não é derramada uma lágrima. Antes, durante ou depois do término.
A garota terminou com ele durante o serviço dela. Isso ocorreu pois ele insistiu em falar com ela o mais rápido possível. Quando estava no ônibus de volta para sua casa, sentou em um lugar que pudesse olhar para trás. Os olhos cheios de água. Derramavam e molhavam a janela. Era algo horrível.
-Eu não te amo mais.
Isso dói, machuca. Quando se escuta essas palavras, parece que alguém enfiou o punho no seu peito. E depois, colocou até o cotovelo. Atravessou, machucou, magoou. As pessoas se sentem mal e tão tristes quando escutam isso. Parece até que o mundo nubla – e muitas vezes é o que ocorre. Deus como dói!
A terceira e última, lógico, era completamente diferente. Cheia de vontade e vida. Trabalhava como educadora em uma creche. E como gostava disso. Ele a amava por isso. Toda a espontaneidade dela deixava ele tão feliz. Era única para seu coração como só os apaixonados veem as pessoas. Em vários pontos eles não combinavam. Ela sabia dançar, ele não. Ela sabia escrever, ele sabia falar muito. Ele gostava de cantar e aí ela se calava. Eram tão diferentes, mas isso não atrapalhava muito nenhum dos dois. Ela o chamava de urso. Ele a chamava de princesa.
Só que novamente ele ficaria sozinho.
Sem mais, nem menos, em um dia em que ele acreditava estar tudo certo o pior ocorreu. Eles iriam sair, foi o que Elric Babaca pensou. Mas ela não estava com um rosto muito convidativo. Falou pouco, como sempre fazia quando estava nervosa. Terminou tudo na calçada da rua. Ele tentou várias a persuadir. Nada funcionou.
-Estou tentando mudar você! – foi uma das poucas frases que soltou. Mas ele não enxergou sentido naquelas palavras. Nunca tentaria mudar outras pessoas, muito menos alguém que amasse. Portanto não aceitaria que alguém o alterasse. Se isso ocorre, é por livre e espontânea vontade. Nem sentia que era uma mudança, era uma melhora, uma evolução. Ainda assim, como contrariar alguém que quase sempre esteve certa na vida? Ou que tem uma cabeça muito dura?
Falemos mais da vida do Elric Babaca agora. Não mais de suas tentativas falhas de romances. Ele era filho de uma senhora muito humilde, que desde cedo trabalhou para sustentar sua casa. Além é lógico, ajudar o filho com estudos. Defendeu com todas as forças o único laço do antigo marido. Morreu em um acidente, na oficina em que trabalhou em vida. Um bom homem, partiu dessa vida muito cedo.
Além disso, tinha a avó. Abigail. Uma senhora bondosa e maravilhosa que lhe contava os mais belos contos. Mas não só de fadas, mas de anões, monstros, aldeões, dragões, ogros unicórnios, zumbis, lobisomens, dríades, ninfas, gigantes, gênios, jovens ousados, fantasmas, minotauros, dinossauros, vampiros, centauros, grifos, hipogrifos, povos pequenos, duendes, quimeras, mantícoras, serpentes marinhas, duplos, ogros magos, pesadelos e toda a sorte de criaturas.
Ela o fez ler quadrinhos mais clássicos com bons roteiros. Coisas clássicas como as de Neil Gaiman e Alan Moore, e tirava as coisas inapropriadas para idade de uma criança. Além de ler as tiras de Bill Watterson e Gino. Ele gosta de Bone, uma criação de Jeff Smith. Uma história mágica com ares de jornal. Lindos contos com princesas e  dragões, magia... e uma boa dose de “kaboom”, “kablam” e “boing”. Maravilhoso mundo que foi criado quase sempre com nanquim.
Como gostava de ler, aprendeu a ler livros lindos como O Hobbit, O Senhor dos Anéis, Sillmarilion, Crônicas de Nárnia, História Sem Fim, entre tantos outros. Verdadeiras sagas escritas por humanos. Histórias em que o mais improvável salva o mundo, em que a fantasia fala mais alto e a fé surge nos piores momentos. Assim são as histórias.
Todas muito belas, que não chegam aos pés de uma boa conversa com Abigail. Ela falava do jovem Merlin, muito mais sábio que os grandes magos da época. E uma gama de heróis e vilões únicos. Pena ter sumido todo esse mundo com a morte da senhora.
Ela morreu, calmamente, no quarto de sua casa. Segurando a mão de Elric em uma e na outra, seu exemplar de O Hobbit, em inglês. Ela tinha um sorriso quando se foi.
Isso mudou a cabeça de Elric Babaca. A depressão se abateu sobre ele. Foi antes dos três términos de namoro. Mesmo assim, foi complicado.
Eis aqui um fato que torna Elric Babca legal, ou mais ou menos isso: ele tinha um mundo mágico dentro de si. Sério!
Era repleto dos seres que ouviu nas lendas, contos, livros e outros lugares. Ele gostava de todos que conheceu por lá, mas alguns eram especiais. O jovem Merlin, um mago que mais falava do que agia – mas muitas vezes suas palavras valiam por mil lições de sabedoria – parecendo louco normalmente. Rufchip. O valente esquilo que descendia de Kenevarius, o dentuço, um antigo herói dos roedores. Tiny Coração de Galinha e Salsa, o mais covarde dos heróis. O cão dos desenhos da Hanna-Barbera era um intrépido cavaleiro perto dele. E por último, mas não menos importante, Losille... A corajosa Lo. Tão intrépida e perspicaz. Além de bela. Tão linda. Percebeu muito tarde que havia se apaixonado pela pequena elfa.
Em um dia, os dois brigavam como cão e gato. E um dia sem notar, ele fazia carinhos em seu cabelo. Se aquilo era magia, então aquele era o encantamento mais poderoso que nenhum homem quebraria. A força mais poderosa que consumiria o inferno e derreteria o gelo do inverno. Era lindo. Magia antiga. Um dia ela acabou.
Losille morreu... Um erro, um equívoco, um soluço, uma falha... Crítica. A rosa élfica. Suas últimas palavras para Elric?
-Você tem gosto de chocolate, leite e gota de pétala de rosa.
Definhou segurando a mão de seu amado. Pobre Babaca. Babacas se apaixonam. E são tolos. Acreditam no amor aquando ele não acredita neles. Choram por alguém que morreu, que os deixou, que os traíram, abandonaram como animais. Sabe? Aqueles muito novos ou muito velhos, como um produto qualquer. Os filhotes de cães por exemplo, normalmente têm três meses, os anciões vários anos – entre dez a quinze anos, mais ou menos – assim como os sentimentos. Algumas vezes, como um cachorro, os tolos ficam perdidos sem aquele carinho de antigamente. Morrem e definham. Homem e bicho. Complicado.
Mesmo assim, voltemos ao mundo mágico de Elric, o Babaca. Quando tinha oito anos ele se perdeu em uma floresta e caiu nesse mundo de alguma forma. Bateu de frente com monstros, viajou por estranhos mundos conhece magos e princesas. Mas acima de tudo, derrotou males antigos. Poderosos demais. Se tornou Elric, o Herói. Que usava o Bracelete do Infinito.
Quando acidentalmente chegou ao mundo estranho e bizarro de onde obteve o artefato, pensou sobre como fazer aquilo, voltar a sua casa. Os seres estranhos levaram ele para lugares terríveis inicialmente. Mas começou a notar que ele mesmo transformava as coisas em algo ruim por sua culpa mesmo. Já que elas na verdade eram tão fantásticas. Poderiam viajar por terras únicas, onde haviam sátiros que comiam livros, criaturas peludas que tocavam guitarras, ciborgues com defeitos de fabricação, personagens que pareciam extraídos de animações japonesas, e tantas coisas que nem nos contos de sua avó teria visto igual. Magnificas noites, manhãs e tardes eles passaram ali.
Tanto que ele até achou que tinha acordado de um sonho quando saiu de lá. Porém, ele notou, estupefato, que seu dedo indicador tinha uma réplica do bracelete encantado. Uma chance de voltar para aquele universo.
Finalmente, chegamos ao momento tão esperado. Quando Elric Babaca, mesmo não sabendo voltará o mundo que um dia considerou ele um herói. Ou achou que iriamos só ficar nessa rotina.
Era uma tarde qualquer. Mas era um dia da semana. Talvez uma quarta, sexta ou quem sabe uma terça... Não importa! O importante se refere ao que aconteceu depois do serviço por sua roupa usual: camisa azul social com botões bonitos, calça jeans velha e surrada, tênis com a sola do sapato esquerdo gasto e duas blusas que usava para deter o frio do inverno. Um cabelo curto, mas bem arrumado, com uma testa protuberante e olhos verdes. Seria até mais bonito, se arrumasse melhor sua roupa, assim, poderia ficar mais apresentável. Entretanto, não era assim que um babaca pensava. O pior vestuário para os momentos mais importantes. E aquele não seria diferente.
Arrumava as blusas por cima da camisa de manga curta. Eis que um dos colegas de trabalho o chamou:
-Tudo bem, Elric? Está livre hoje à noite?
-Ah... – e antes que terminasse a frase foi interrompida.
-Putz! Eu me esqueci que combinamos um número de amigos especifico. Acho que com você vai ser gente demais.
Quando falou isso, o colega (um homem gordo e de óculos, com o tipo comum de tiozão) deu de costas e pediu a Elric que entendesse. O Babaca aceitou. Quis falar algo contra, mas a timidez e o medo impediram ele. Até ficou com vontade de quebrar o suposto amigo. Literalmente.
Tudo bem, pois logo voltaria para sua casa. Entraria no computador, leria um livro, ou quem sabe, uma história em quadrinhos. Talvez olhasse novamente as estrelas. Pensar no que era bom.
E foi o que fez então.
Subiu no telhado da casa em que passou a morar nos últimos anos. Saiu da sombra de sua família para viver sozinho. As contas atrasadas, mas ainda era um bom lugar. O lugar ideal em uma cidade cheia de fumaça que cobria o céu. Bela, mas mesmo assim sombria. Como ela poderia conter tantos nomes e corações? Mesmo assim, sua alma estava cheia de vontade em encontrar alguém para si, por mais difícil que fosse.
Pegou a escada de madeira do lado do pequeno casebre. Subiu em cima das telhas de cor marrom, pegou um pano e o colocou por cima delas. Deitou-se lentamente pois as costas ficavam tão doloridas, depois do serviço. Os olhos cansados, visualizando os dias seguintes. O que faria exatamente neles, era sua preocupação. Sem ideias, sem planos, sem muitas armas para enfrentar os problemas do mundo. Dias tristes se seguiriam como de costume.
Não se abateria naquela hora. Era o seu momento com a lua e as estrelas. Olhando para elas, como quando fitamos as coisas mais lindas do mundo. Coisas simples. Como quando se senta na areia da praia e se olha o oceano. Ou quando se termina de subir a montanha olhamos o horizonte. Tão belo e sinistro as vezes. Sempre natural como os dentes de um dragão. Brincando com a imaginação das crianças e dos adultos, surgindo ideias e imagens. Monstros e fadas. Criaturas únicas em suas mentes repletas de coisas chatas. Tiradas de uma história de Peter Pan ou Harry Potter. Quando pessoas comuns encontram o fantástico é através disso. Pena tudo não terminar como nas histórias que sua avó contava. Lindas, cheias de duendes, ogros e elfos. Ali e aqui, lá e mais uma vez. Alguns monstruosos e destrutivos, loucos e belos. Um diferente do outro de qualquer forma. Cada qual com a sua própria magia.
E em um dado momento, Elric enxergou uma estrela cadente. Dizem que se você desejar algo quando ela passa no céu noturno, ele torna-se realidade. Parecia uma besteira, mas já que estava no vaso da privada, era isso ou o esgoto mesmo. Fechando os olhos e respirando fundo, soltou:
-Desejo voltar ao mundo mágico do... Reino.
De repente, não mais que de repente, notou que uma nova estrela cadente surgiu. Mas essa cruzava o céu em zig zag, dava ré, piruetas, toda a sorte de acrobacias na noite. Aquilo era mesmo um corpo celeste? E foi então que quando notou o mais alarmante, se apavorou ainda mais: a “coisa” vinha em sua direção!
Como aquilo poderia estar acontecendo? Esfregou os olhos para constatar que não dormiu no momento em que os fechou. Qual não foi sua surpresa ao perceber que o objeto se aproximava mais. Pegou um binóculo, que havia deixado ali para ver as estrelas, assim poderia saber do que se tratava. Sua surpresa se tornou pânico quando descobriu que de forma veloz e assustadora, Merlin, o mago, voava em rota de colisão com o seu telhado.
-MERLIN! NÃO! – gritou Elric.
-ELRIC! SIM! – gritou Merlin.
Elric agitava os braços no ar em negativa querendo que Merlin parasse. Inútil. O ser mágico caiu sobre Elric. Foi um golpe tão grande que quebrou parte do telhado. O estrondo também.
Os dois levantaram, como se fizessem isso de um sono pesado. O Babaca arrumava sua camisa azul cheia de botões, com manga curta. Já Merlin só se levantou com um salto olímpico. Era comum para ele, afinal, tratava-se de um mago.
-Mas que...! – gritou Elric interrompido por Merlin.
-Oba! Oba! Oba! Isso é um livro infanto-juvenil! Esqueceu?
Elric olhou para Merlin bem contrariado. E estranhando as frases do mago.
-Tudo bem. O que traz o maior dos magos até mim? – falou o rapaz em tom sarcásticos e depois mudou – Acha que acreditarei que é o mesmo Merlin que encontrei certa vez naquele lugar? Maravilha! Estou pedindo respostas de uma alucinação...
-Não sei quem é essa madame, mas eu acho que quebrei parte do telhado da sua casa.
Elric bateu a mão no rosto, em evidente desaprovação e sinal de raiva.
-Mas, do que é você está falando?
-Ora dessa tal Alucinação. Devo crer que se trata de uma madame? Senhora? Senhorita? Donzela? Moça? Querida? Moçoila? Broto? Tchutchuca?
O jovem ficava nova palavra do mago. Parecia cheio de fúria contra o garoto mágico. Notou, de qualquer forma, que Merlin não mudou. Continuava o mesmo de quando ainda tinha oito anos. Cheio de truques, nas palavras e nas mãos.
-Não importa. Seja o que for vá embora.
-Não posso nobre Elric. Não sem antes o levar comigo.
-Ora bolas! Não necessita de mim. Você é uma loucura minha! Só isso.
-Se sou só uma loucura sua – falou isso e de repente movimentou sua mão na direção da face do Elric – Como posso ter pego seu nariz?
-Está ficando louco? Olha o que digo... Estou falando que minha loucura esta ficando louca! Ei, estranho estou sentindo um formigamento no...
E antes que terminasse te falar, olhou para a mão de Merlin. Não havia um polegar entre os dedos. Havia, o que chamariam de narina.
-Meu nariz!
-Não. Meu nariz.
Elric Babaca tateou o rosto em busca do nariz, já que esse sentido não lhe era privado agora. Sem sucesso.
-Devolve!
-Quais as palavras mágicas?
-Por favor – falou rangendo os dentes aquele Babaca.
-Eu disse mágicas. Não de súplica.
-Abracadabra?
-Essa foi da semana passada. E eu disse palavras no plural.
-Como? – disse incrédulo Elric.
-Você me entendeu...
Elric começou a pensar e quebrar o crânio. Então, pensou na melhor e única resposta que consegui imaginar:
-Abre-te Sesámo?
-Palavras mais que corretas.
O nariz saltou e pulou três vezes no chão, antes de grudar no rosto de Elric. O rapaz arrumou aquele fugitivo no próprio rosto. Com cuidado.
-E então não irá comigo? Ou terei que lhe transformar?
O rapaz olhou com um canto de olho para o jovem mago. E deu as costas.
Nesse mesmo instante Merlin soltou um encantamento. Primeiro, o transformou em um camelo enquanto andava por sobre o telhado. Elric nem havia reparado.
Em seguida, o metamorfoseou em um s esqueci que combinamos um número de amigos especifico. Acho que com você vai ser gente demais.
Quando falou isso, o colega (um homem gordo e de óculos, com o tipo comum de tiozão) deu de costas e pediu a Elric que entendesse. O Babaca aceitou. Quis falar algo contra, mas a timidez e o medo impediram ele. Até ficou com vontade de quebrar o suposto amigo. Literalmente.
Tudo bem, pois logo voltaria para sua casa. Entraria no computador, leria um livro, ou quem sabe, uma história em quadrinhos. Talvez olhasse novamente as estrelas. Pensar no que era bom.
E foi o que fez então.
Subiu no telhado da casa em que passou a morar nos últimos anos. Saiu da sombra de sua família para viver sozinho. As contas atrasadas, mas ainda era um bom lugar. O lugar ideal em uma cidade cheia de fumaça que cobria o céu. Bela, mas mesmo assim sombria. Como ela poderia conter tantos nomes e corações? Mesmo assim, sua alma estava cheia de vontade em encontrar alguém para si, por mais difícil que fosse.
Pegou a escada de madeira do lado do pequeno casebre. Subiu em cima das telhas de cor marrom, pegou um pano e o colocou por cima delas. Deitou-se lentamente pois as costas ficavam tão doloridas, depois do serviço. Os olhos cansados, visualizando os dias seguintes. O que faria exatamente neles, era sua preocupação. Sem ideias, sem planos, sem muitas armas para enfrentar os problemas do mundo. Dias tristes se seguiriam como de costume.
Não se abateria naquela hora. Era o seu momento com a lua e as estrelas. Olhando para elas, como quando fitamos as coisas mais lindas do mundo. Coisas simples. Como quando se senta na areia da praia e se olha o oceano. Ou quando se termina de subir a montanha olhamos o horizonte. Tão belo e sinistro as vezes. Sempre natural como os dentes de um dragão. Brincando com a imaginação das crianças e dos adultos, surgindo ideias e imagens. Monstros e fadas. Criaturas únicas em suas mentes repletas de coisas chatas. Tiradas de uma história de Peter Pan ou Harry Potter. Quando pessoas comuns encontram o fantástico é através disso. Pena tudo não terminar como nas histórias que sua avó contava. Lindas, cheias de duendes, ogros e elfos. Ali e aqui, lá e mais uma vez. Alguns monstruosos e destrutivos, loucos e belos. Um diferente do outro de qualquer forma. Cada qual com a sua própria magia.
E em um dado momento, Elric enxergou uma estrela cadente. Dizem que se você desejar algo quando ela passa no céu noturno, ele torna-se realidade. Parecia uma besteira, mas já que estava no vaso da privada, era isso ou o esgoto mesmo. Fechando os olhos e respirando fundo, soltou:
-Desejo voltar ao mundo mágico do... Reino.
De repente, não mais que de repente, notou que uma nova estrela cadente surgiu. Mas essa cruzava o céu em zig zag, dava ré, piruetas, toda a sorte de acrobacias na noite. Aquilo era mesmo um corpo celeste? E foi então que quando notou o mais alarmante, se apavorou ainda mais: a “coisa” vinha em sua direção!
Como aquilo poderia estar acontecendo? Esfregou os olhos para constatar que não dormiu no momento em que os fechou. Qual não foi sua surpresa ao perceber que o objeto se aproximava mais. Pegou um binóculo, que havia deixado ali para ver as estrelas, assim poderia saber do que se tratava. Sua surpresa se tornou pânico quando descobriu que de forma veloz e assustadora, Merlin, o mago, voava em rota de colisão com o seu telhado.
-MERLIN! NÃO! – gritou Elric.
-ELRIC! SIM! – gritou Merlin.
Elric agitava os braços no ar em negativa querendo que Merlin parasse. Inútil. O ser mágico caiu sobre Elric. Foi um golpe tão grande que quebrou parte do telhado. O estrondo também.
Os dois levantaram, como se fizessem isso de um sono pesado. O Babaca arrumava sua camisa azul cheia de botões, com manga curta. Já Merlin só se levantou com um salto olímpico. Era comum para ele, afinal, tratava-se de um mago.
-Mas que...! – gritou Elric interrompido por Merlin.
-Oba! Oba! Oba! Isso é um livro infanto-juvenil! Esqueceu?
Elric olhou para Merlin bem contrariado. E estranhando as frases do mago.
-Tudo bem. O que traz o maior dos magos até mim? – falou o rapaz em tom sarcásticos e depois mudou – Acha que acreditarei que é o mesmo Merlin que encontrei certa vez naquele lugar? Maravilha! Estou pedindo respostas de uma alucinação...
-Não sei quem é essa madame, mas eu acho que quebrei parte do telhado da sua casa.
Elric bateu a mão no rosto, em evidente desaprovação e sinal de raiva.
-Mas, do que é você está falando?
-Ora dessa tal Alucinação. Devo crer que se trata de uma madame? Senhora? Senhorita? Donzela? Moça? Querida? Moçoila? Broto? Tchutchuca?
O jovem ficava nova palavra do mago. Parecia cheio de fúria contra o garoto mágico. Notou, de qualquer forma, que Merlin não mudou. Continuava o mesmo de quando ainda tinha oito anos. Cheio de truques, nas palavras e nas mãos.
-Não importa. Seja o que for vá embora.
-Não posso nobre Elric. Não sem antes o levar comigo.
-Ora bolas! Não necessita de mim. Você é uma loucura minha! Só isso.
-Se sou só uma loucura sua – falou isso e de repente movimentou sua mão na direção da face do Elric – Como posso ter pego seu nariz?
-Está ficando louco? Olha o que digo... Estou falando que minha loucura esta ficando louca! Ei, estranho estou sentindo um formigamento no...
E antes que terminasse te falar, olhou para a mão de Merlin. Não havia um polegar entre os dedos. Havia, o que chamariam de narina.
-Meu nariz!
-Não. Meu nariz.
Elric Babaca tateou o rosto em busca do nariz, já que esse sentido não lhe era privado agora. Sem sucesso.
-Devolve!
-Quais as palavras mágicas?
-Por favor – falou rangendo os dentes aquele Babaca.
-Eu disse mágicas. Não de súplica.
-Abracadabra?
-Essa foi da semana passada. E eu disse palavras no plural.
-Como? – disse incrédulo Elric.
-Você me entendeu...
Elric começou a pensar e quebrar o crânio. Então, pensou na melhor e única resposta que consegui imaginar:
-Abre-te Sesámo?
-Palavras mais que corretas.
O nariz saltou e pulou três vezes no chão, antes de grudar no rosto de Elric. O rapaz arrumou aquele fugitivo no próprio rosto. Com cuidado.
-E então não irá comigo? Ou terei que lhe transformar?
O rapaz olhou com um canto de olho para o jovem mago. E deu as costas.
Nesse mesmo instante Merlin soltou um encantamento. Primeiro, o transformou em um camelo enquanto andava por sobre o telhado. Elric nem havia reparado.
Em seguida, o metamorfoseou em um sapo. Gordo e papão. Comeu até uma mosca varejeira que por ali passava.
Porco e gato foram o seguinte. Por último o transformou em um ornitorrinco.
Elric que nada notou até então, só enraiveceu. Nada pior que ser transformado em uma mistura de pato com castor.
-Agora chega! Isso foi demais! Me transforme em um elefante ou até um cachalote. Ou até mesmo um joão de barro. Mas justo um cruzamento de mamífero com ave aquática? Eu quero voltar ao normal!
-Qual a palavra mágica?
O ornitorrinco Elric pulou no colarinho de Merlin. Encostou seu focinho com o nariz dele e gritou:
-Me torne humano de novo, ou juro que faço essas patas fazerem um estrago em você! – falando isso, mostrou sua arma natural do lado esquerdo.
-Olha só! E não é que você disse a palavra certa Elric?
No mesmo instante, Merlin estalou os dedos. E com isso o Babaca possuiu sua forma humana, caindo no chão, visto que estavam no colarinho do mago.
Levantou-se e mais uma vez deu de costas para o mago, quando Merlin soltou as palavras que comoveram o coração de pedra.
-O pai de Losille deixou nossas terras.
O Babaca parou. O pai de Losille era rei dos elfos, poderoso e cheio de força de seu povo. A Folha das Quatro Estações, como era chamado. Honesto e correto, justo e forte. Quando sua única filha morreu, com certeza perdeu seu chão, pois ela era seu céu estrelado. A sua única certeza depois da morte, pois essa também chega as fadas. E ela se foi por culpa de Elric.
Quando Elric, o Herói, estava no Reino, ele tinha uma grande amizade com Isildor, o nome verdadeiro do rei dos elfos. Conhecido também como o Corvo Branco, foi ele que permitiu sua filha viajar com a sua antiga comitiva.
-Ele tomou um dos pássaros? Foi em direção das nuvens? – falou o Babaca.
-Sim.
-Talvez eu vá.
-Não me faça favores. Não é por mim. É pelo Reino. Por favor! – e ao falar isso, Merlin mostrou os olhos cheios de afeto e charme dignos de um bebê – Necessitamos do Herói.
Elric ergueu os braços em sinal de derrota. E ainda existia uma vontade louca de visitar aquele mundo.
-Como posso falar não quando você falou as palavras mágicas.
O pequeno mago sorriu e bateu palmas. Em seguida, ele fez surgir um objeto único.
-Um taco de baseball? Você não usa uma vassoura?
Aquele mago fez uma face com fúria digna de um grande vilão. Nesse instante falou:
-Vassouras são para meninas. Eu sou um rapaz. E bem boa pinta por sinal.
Isso só fez Elric revirar os olhos pela tolice dita.
-J.K. Rowling deve discordar de você. E ainda o chamaria de machista.
-Não sei quem é esse senhor, muito menos me interessa conhece-lo...
-É “conhece-la”. J.K. é mulher.
-É mesmo? – soltou Merlin com cara de esponja.
-Sim?
-E como ficam John Fitzgerald Kennedy ou Juscelino Kusbitchek?
-Mas o que tem... Bem, não vou contra sua lógica. E então... Onde eu subo?
Risadas contínuas brotaram de Merlin.
-Você não vai subir.
Em seguida, ele subiu no veículo esportivo, literalmente falando.
Elric ficou confuso. Coçou a cabeça, cheio de questões sobre a viagem. E viu que aquele taco começava seu voo.
-Ei! O que você quer... – e antes que notasse uma corda enrolou-se no corpo de Elric.
Rapidamente, o taco de baseball cruzou os céus. Com um rapaz sendo levado em uma corda prendendo-o. Passando pelo ar. Gritos loucos de dor e raiva seguiram-se.
-Me solta! Socorro! Merlin, seu nojento!
-Nada de elogios! Vamos partindo. Apertem o cinto. Próxima parada: o Reino!
E ainda que continuasse zangado Elric Babaca soltou seu torto sorriso de saudades. Estava retornando ao lar.
Naqueles momentos no ar, graças a Merlin eram literalmente mágicos. Parecia que estava em um daqueles brinquedos gigantes dos parques de diversão. Só que em vez de medo, era nostalgia que sentia. Era ótimo. Como viagens que nunca fez. O vento batia em seu rosto enquanto viajavam pelas nuvens.
Sempre quis aquilo. A quebra com seu mundo tedioso e comum. Voltar como um herói que já foi um dia.
Enquanto flutuavam, todos os sentimentos voltaram ao cruzar aquele infinito mundo. Uma lenda que bate no seu coração, talvez sua fantasia final. Qual fosse aquele mal, ele enfrentaria para ajudar o reino. Doutor louco maltratando animais ou um réptil inútil raptando princesas seria derrotado.
E após cruzarem os espectros do arco-íris eles podiam ver. Finalmente, eles enxergavam. Nem contaram as horas.
A selva tropical de Banana Kong. As antigas terras devastadas do dragão Almiel. Batalhas terríveis pelo Trono de Bacon, eram clara lá embaixo. A Pirâmide Redonda de Dart continuava inteira, mesmo não sendo uma pirâmide. Tudo isso fazendo fronteira com as Terras Inesquecíveis e Cair Longe.
Estavam finalmente sobre o Reino. A terra mágica de Elric. Que Murphy esteja com ele.

(A Lenda de Elric) Introdução

Mais uma história para lerem enquanto Contos do Tempo Perdido fica em hiato.
          “Era uma vez...”
            Frase batida não acha? Típica dos contos de fadas. “Era uma vez” parece título de novela ou de seriado americano. Na verdade é, mas não entremos nesse assunto. Ainda assim, essa frase ainda é usada muitas vezes na televisão, rádio, internet, podcast e – lógico – livros.
            Só que na verdade ela quer retratar algo muito maior. Que aquilo dito ou lido já aconteceu de verdade. Duvida de mim é óbvio. Nunca se esqueça que toda a lenda tem um pouco de realidade, meu feroz leitor. Veja sobre Tróia ou o Rei Artur. Como isso é possível vou tentar mostrar nessas linhas mal escritas. Vou provar que existem histórias fantásticas ao redor de nós.
            De qualquer forma, eu como escritor quero creiam nisso. Assim como acreditei em alguns textos antigos.
            Uma dica.... Notem abaixo esse trecho de um diálogo da personagem Barbie. Ela é quase a protagonista em um arco, de Sandman chamado Um Jogo de Você. Como sempre, escrito por Neil Gaiman:
            “Todo mundo tem um mundo secreto dentro de si”
            “Todo mundo. Todas as pessoas do mundo inteiro. Não importa o quanto sejam chatas ou sem graça por dentro”
“Por dentro, todas elas têm mundos inimagináveis, magníficos, maravilhosos estúpidos, fantásticos...
“Não apenas um mundo. Centenas. Milhares talvez.”

Então apreciem o livro e... Era uma vez...

sábado, 2 de janeiro de 2016

Promessas de 2016 e projetos novos!

Bem, isso não é tão comum quando parece mas, como esse é blog mais pessoal que tenho entre os quatro... Decidi escrever nesse.
São promessas que tentarei cumprir esse ano. Pois vamos a elas:

  • Passar em um psicólogo (se me mandarem para um psiquiatra eu não vou).
  • Voltar a trabalhar (isso é fácil quando o governo não te coloca na duzentena!).
  • Tentar falar mais o que penso (solto muita coisa pelas rede sociais e isso aqui já é prova do que estou querendo dizer)
  • Voltar a desenhar mais e escrever mais.
  • Tirar da gaveta projetos antigos (como pesquisar sobre lendas em Santa Isabel e o meu PIC)
  • Arrumar as coisas com a Camille (talvez, uma das garotas que mais merece tudo de bom em mim).
  • Depois que enviar meus currículos em todas as escolas particulares das quais tenho em uma lista, ANTES de mandar meu livro para editoras.
  • Juntar dinheiro para construir minha casa.
  • Juntar dinheiro para falar com um agente literário sobre o meu livro.
  • Voltar a dançar ou o teatro.
  • Voltar a correr a partir do dia 04.
  • Cobrar já que me cobram tanto.
E logo mais, um novo livro no blog. Enquanto Contos entra em hiato. Leiam A Lenda de Elric.