quarta-feira, 9 de outubro de 2013

(EXTRA) O que não é RPG?


Muitas pessoas que não conhecem esse jogo o enxergam de modo preconceituoso, ou até mesmo, mal criam um conceito sobre ele. Para isso, escrevo esse texto que serve como meio de acabar com algumas dúvidas, além de criar nas pessoas um entendimento maior sobre o assunto.

1-RPG não é um jogo de azar
No momento que se usa o termo "jogo", muitos acreditam estar tratando de algo que implique em ganhar. Lembrando que isso normalmente ocorre em qualquer gênero de jogo: desde esportivos (futebol, corrida, vôlei, artes marciais, natação e outros) ou lúdicos. Mas ao se tratar de RPG não há uma intenção de ganhar. Só a de contar uma boa história.
Os jogos de azar sempre envolvem as apostas em dinheiro. Jogos de baralho ou coisas do gênero criam confusões até mesmo discussões e brigas, o que causa sérios problemas. Seja antes, durante ou depois dos jogos.
Jogos de interpretação visam, em sua maioria, uma cooperação de jogadores. Com isso criando um vínculo entre os mesmos. Amizades ou boa conduta diante de outras pessoas.
Não existe objetivo de lucrar dentro de uma partida, só o de se divertir. E nunca beneficiar só um dos membro do grupo mas todos os envolvidos.

2-RPG não é um culto
Ele em si é um jogo, ou seja, possui vários gêneros. Podemos nesse caso colocar um exemplo como nos filmes e jogos de video game (aventura, comédia, ação, ficção científica e até terror). Então, existem livros para determinados públicos de acordo com sua idade. E isso fica mais claro já que no começo de cada livro existe sempre uma recomendação sobre a idade do leitor.
Mas muitos pensam que determinados tipos de livros - especialmente os de terror - são livros malignos ou até mesmo de índole macabra de verdade. Livros não tem a intenção de mudar sua fé, muito menos criar em sua mente um preconceito sobre certo assunto. Só o de ajudar a criar um mundo fantasioso para ser explorado.
Filmes ou jogos são baseados em fatos ou histórias contadas, assim como alguns autores que exageram ao criar enredos. Mas mesmo assim, não significa que o diretor ou criador de uma obra dessas acredita no que ocoorre no filme. Um filme de terror que fal sobre um psicopata não é nada além disso, um filme de terror.
Se formos pensar realmente que um enredo de um livro ou filme pode realmente influenciar mentes de maneira tão pesada, seria perigoso ler qualquer livro. Não importando o conteúdo.

3-RPG não é Recolocação de Postura Global e nem uma arma
Existe uma espécie de tratamento para doenças físicas, na mesma categoria da fisioterapia conhecida como Recolocação de Postura Global. Mas pessoas desavisadas acreditam se tratar da mesma coisa que o jogo. Não há nenhuma relação entre ambos.
Assim como alguns acreditam ser uma arma. Existe uma arma chamada RPG-7. Novamente, não há nenhuma relação entre ambas.
Muitas vezes, pais preocupados, acessam a internet e colocam palavras chaves acreditando que conseguiram resultados perfeitos sobre certo assunto. Acontece que sites de busca como o Google e o Yahoo, não vão filtrar resultados que mostrem o que se quer se não há conhecimento específico sobre o assunto. O que cria em responsáveis de famílias confusão ou noções erradas.

4-RPG não é um hobby de vagabundos
O jogo é um hobby, assim como para alguns é assistir uma partida de futebol ou jogar vídeo game. Algo saudável na medida do possível, sem exagero.
Falando sobre os criadores de jogos, eles são pessoas cultas. Independente de seu grau escolar, eles tem que formular regras, criar histórias e publicar livros bem trabalhados. Não vagabundos, afinal, são escritores.
E em entre os jogadores, temos pessoas que trabalham ou estudam demais. De fato, normalmente, depois de uma semana atribulada de aulas ou de trabalho pessoas se unem para jogar RPG no final de semana. Isso eles fazem para se descontraírem, esquecendo de seus problemas que surgiram durante todo esse período. Ou até mesmo, em um espaço vago da semana.
O hobby é mais do que uma simples brincadeira. Com ela adolescentes e adultos, podem possuir um período do dia em que vão estar ocupados com algo que os diverte e os deixa longe de situações perigosas do dia-a-dia.

5-RPG não é O Senhor dos Anéis e nem Caverna do Dragão
Muitas pessoas confundem o fato de jogos de RPG terem sido inspirados em livros como O Senhor dos Anéis, acreditando que são RPG. O livro do escritor J.R.R. Tolkien na verdade foi escrito antes do jogo e nada tinha haver com um tipo de passatempo. O primeiro livro desse gênero de hobby, chamado Dungeons & Dragons, só tem sua base nos elementos fantásticos do livro. Coisas como elfos, magias, ogros, vilões monstruosos ou criaturas fantásticas de todo o tipo.
O desenho animado chamado Caverna do Dragão no Brasil tem o título original como Dungeons & Dragons (o que faz sentido lembrando que a tradução seria Masmorras e Dragões), já que era realmente inspirado no jogo. Ele contava a história de Hank, Eric, Diana, Sheila, Presto e Bob, seis adolescentes que após entrarem em um carrinho de uma montanha russa, vão parar em um mundo onde magia existe. Eles são presenteados pelo Mestre dos Magos (Dungeon Master, que seria como o Mestre da Masmorra – o narrador das histórias no jogo) com armas mágicas para combater os ataques de criaturas do mal como o Vingador e Tiamat (que é uma criatura que aparece nos romances de Dragonlance, universo de jogo de D&D).
Gary Gigax, um dos criadores do jogo participou pessoalmente da criação do desenho que nunca teve um fim específico e é cercado de lendas.
Mas ele em si, não explica o que é uma partida de RPG. Só serviria para chamar atenção para o jogo.

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