sábado, 27 de julho de 2013

(EXTRA) Novo trecho de "A progênie do dragão dourado"

Com o fim de mais um dos volumes de Contos do Tempo Perdido, quis fazer os leitores assíduos do blog. Fiquem com mais um trecho. E lembrem-se: ano que vem, volto a publicar os trechos sem revisão de Contos: Volume II!


"Só obrou Ortro no combate. Halphy com a besta começou a querer negociar:
-Olhe aqui Ortro, – disse ela enquanto preparava outro projétil – acredito que seria melhor se entregar ou será destruído. O que acha? Podemos ser clementes.
-Clemência? De uma fealith e um bando de humanos fedorentos? Nunca! Não irei entregar meu corpo e alma corrompidos para criaturas tão insignificantes e gananciosas. O mal permeia o meu ser, mas meus olhos enxergam não só o que é aparente. E essa mancha negra que eu possuo vocês também tem. Não serei tolo para me entregar.
-Então, - disse Gustavo agitando a espada longa – não diga que não avisamos.
-Dragões, ataquem! – gritou Halphy liderando.
-Por Ares e Zeus! – disse Thror saltando na direção do monstro coberto de olhos. O golpe acertou um dos olhos do monstro.
Os olhos piscaram novamente. Uma grande quantidade de magia se espalhou por todos os lados como uma terrível e poderosa tempestade. Com força o suficiente para danificar a caverna. Mas não o suficiente para destruir.
Novamente os raios foram atingindo o grupo. Vários deles estavam extremamente feridos. Gustavo parecia não se conter de dor. Vários espinhos de madeira surgiam no corpo de Arctus . Seton sofria com uma mancha profana no seu corpo. Thror parecia confuso, sem saber quem atacar. Só Halphy se matinha de pé mesmo com pedras afiadas cortando sua pele. Apontava a besta na direção da prole.
-Ora essa fealith! Esta com tanto medo que não consegue me atacar? – gritou o monstro se achando superior.
Ela riu daquilo.
-Qual foi a graça?
-Primeiro não sou uma fealith. Sou uma meio elfa e me chamo Halphy. E eu não estou atacando, pois estava preparando uma magia. Soyez doux comme un oiseau survolant la mer. Et aussi dévastateur que le loup sur la proie!
A seta atravessou a boca do monstro como se fosse água. Ele caiu no chão sangrando um líquido verde fedorento.

Seton foi ajudar o resto do grupo, incluindo Halphy, que conteve a dor até agora. Os golpes das pedras feriram suas pernas, barriga e o rosto. Mas se manteve firme até então. Alguns efeitos arcanos estavam sendo dissipados.
-Dói muito? – disse o druida para a garota.
-Só quando eu fico olhando para esse seu rosto de... Ai! – ela soltou enquanto o druida curava a ladina feiticeira. Ela ficava muito irritada com perguntas tolas.
Arctus se aproximava do corpo da prole. Ela tentava manter-se viva. E era algo que o sacerdote logo resolveria.
Ele ergueu sua arma quando a massa de carne e olhos fitou o sacerdote de Deus. Quando ele iria golpear o monstro, a criatura disse:
-Espere homem do deus Cristo!
O padre hesitou. Por algum motivo sabia que ouviria não seria plena verdade, mas não estaria tão longe dela também.
-O que quer demônio? Não queria clemência antes. Qual o motivo de querer falar agora?
-Nunca pedirei clemência a um humano! Mas sei de algo que poderá lhe ser útil... Meus olhos arcanos conseguem não só lançar magias, mas podem ver o que as almas sentem e desejam... Um de vocês esta para trair o grupo... Posso lhe falar quem é. Uma barganha.
As palavras faziam sentido para Arctus.
-Isso deve ser uma gestão mágica! Morra cria infernal! – após isso, golpeou o temível ser.
-Argh! – soltou em agonia ser – Isso não foi magia e você sabe que eu falo a verdade.

Todos olharam e ouviram a conversa entre Arctus e Ortro. Todos se entreolhavam, enquanto o padre fitava todo o grupo. Era verdade. Ortro não lançou magia alguma. Esse é o maior poder de um demônio: semear o mal e a mentira usando uma verdade cruel."

terça-feira, 23 de julho de 2013

Desabafo

Bem eu nem sei muito bem o motivo de estar escrevendo isso hoje mas lá vai...
Me chamo Luis Eduardo, tenho 28 anos atualmente, e estou passando por uma crise nos últimos dias. Prefiro não comentar o motivo dela, pois muito dirão "patético" ou "coitadinho". E que sinceramente iria me fazer  proferir um "vai tomar no cú!" com raiva direcionada a pessoa errada.
O que talvez me deixe frustado nesses últimos tempos são as atitudes das pessoas. E parece que tirando as pessoas que realmente tenho uma grande consideração (e que sei a reciproca ser verdadeira), parece que só existem dois tipos de pessoas: as que me desprezam ou as que me usam. Estou sendo forçado? Não, pela primeira vez digo um não com tamanha certeza. Possuo pessoas no meu dia a dia que parecem não ter escrúpulos quando algo esta relacionado comigo. Tratam o assunto de uma só vez sem pensar, como se fosse fácil lidar com as coisas. E ainda dizem que eu sou cruel? Frio? Me tornei frio por conta de pessoas assim, que passam seus dias evitando passar o pensamento sobre minha pessoa ou aquelas que o fazem com o intuito de obter algo.
A bem pouco tempo fui chamado de insensível, cruel e outras palavras que talvez me definam bem nos últimos tempos. Só que me lembro de algo que aprendi na vida referente a monstros, eles não nascem, são criados a partir de retalhos das pessoas vivas que foram.

sábado, 20 de julho de 2013

(EXTRA) Pensamentos em uma Caixa Cinza 1

Alguns textos que escrevo para, digamos, extravassar. Espero que curtam. Logo, logo tem mais Contos. Aguardem!
A Face contra a Parede
 O que preciso

A Fúria
As palavras estão aqui mas elas não saem Tudo por não saber o que fazer com isso que entala minha garganta Eu não quero perder isso, quero acreditar em uma felicidade pré-fabricada Mas a força de tudo parece esmagar meu crânio
Não quero perder o que eu senti Não quero perder o que nunca foi meu
Um momento de calma que é rasgado por suas palavras Não importa o quando tentemos palavras vão ferir mai...s que qualquer coisa
E elas doem mais que uma facada... Muito mais Eu sei, eu sentia ambas
Mesmo que tudo comece a se corroer, o melhor é ignorar essa dor Lembrando como foram às outras trezentas palavras de desculpa Já sei que terei que me resgatar desses sentimentos
Como sempre Pois sempre me deixo consumir por eles Saboreando a dor como um garoto faminto há vários dias Eu sei o que senti e poderia ser algo bom Mas meu irmão... Agora é fúria!
O que eu não fiz?